Carreira

O dinheiro pode ser vínculo, não prisão

5 frases da Cabala que transformam a forma de se relacionar com o que se tem — ou não se tem

 
Nem vilão, nem tabu. Dinheiro, na visão da Cabala, é um vínculo. E como todo vínculo, pode ser curado.

No livro Cabala do Dinheiro, o rabino Nilton Bonder propõe uma mudança de perspectiva sobre o modo como lidamos com valores, posses, trocas e merecimento. Ele mostra que a relação com o dinheiro é, antes de tudo, uma relação com a vida — com o poder de desejar, realizar, compartilhar e sustentar aquilo que importa.
Selecionamos cinco frases do livro que iluminam esse caminho e revelam como o dinheiro pode deixar de ser um peso, uma ausência ou uma obsessão — para se tornar fluxo, consciência e presença.
“A abundância só é possível com consciência.

A posse, sem consciência, é apenas acumulação.”
Acumular não é o mesmo que prosperar. Na lógica da Cabala, a abundância nasce da troca justa — aquela em que ambas as partes ganham e há valor real envolvido. Acúmulos que isolam ou sufocam refletem uma escassez disfarçada. Só há abundância verdadeira quando há circulação, sentido e consciência.

“O dinheiro só amplia quem você já é.”
Dinheiro não inventa o caráter de ninguém — apenas amplifica o que já existe. Pessoas generosas multiplicam possibilidades. Pessoas inseguras tentam controlar. Pessoas impulsivas consomem para tentar preencher vazios. Saber quem se é, antes de ter, transforma a maneira como se vive cada escolha.
“Rejeitar o dinheiro é manter-se prisioneiro dele por negação.”

Negar a importância do dinheiro é uma forma sutil de continuar preso a ele. Há quem diga que não se importa, mas vive preocupada, com medo de faltar, com vergonha de desejar. O dinheiro é um recurso, uma ferramenta, uma energia que sustenta e viabiliza. Recusar essa potência é manter uma relação infantil, marcada por culpa ou fuga.
“A relação com o dinheiro é a mais concreta forma de espiritualidade na vida moderna.”

Trata-se de ética, e não de religião. A forma como se lida com o que se deseja, com o que se pode ou se tem, revela o modo como se vive. Ter dinheiro, hoje, é ter poder de escolha — e cada escolha é um reflexo direto dos valores que se carrega. O dinheiro, nesse sentido, também pode ser caminho de consciência.
“O dinheiro, na verdade, é um vínculo. E como todo vínculo, pode ser curado.”

Muitas vezes, o problema não está no dinheiro, mas nas histórias herdadas sobre ele. Medo de querer, culpa ao receber, dificuldade de sustentar o que se tem. Curar essa relação é aprender a gastar com consciência, doar com alegria e receber com gratidão — com a leveza de quem sabe que merece.
Dinheiro é ais do que valor: é vínculo.
E quando esse vínculo é curado, ele se transforma em caminho.
De potência. De presença. De liberdade.
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