Saúde
Longevidade: atividade física é o melhor remédio

E o autor de ‘Outlive: A arte e a ciência de viver mais e melhor’ baseia sua afirmação em pesquisas e estudos médicos. “Os dados são inequívocos: o exercício não só atrasa a morte real, mas também previne o declínio cognitivo e físico melhor do que qualquer outra intervenção. É a ferramenta mais potente que temos dentro do kit de ferramentas para melhorar a saúde – e isso inclui nutrição, sono e medicamentos”, comenta.

Os exercícios para longevidade, explica o especialista, devem ser divididos em quatro pilares centrais: estabilidade e equilíbrio; força, eficiência aeróbica e desempenho anaeróbico. “Você precisa ter resistência aeróbica para ir longe em velocidades lentas e estar anaerobicamente apto para percorrer distâncias curtas em velocidades rápidas; forte na medida para conseguir carregar mantimentos, crianças ou uma mala, por exemplo; e estável o suficiente para evitar cair (e se cair, estar forte para se levantar)”, explica.
Para atingir esses quatro pilares do condicionamento físico, Attia recomenda a seguinte divisão a cada semana:
Força: três treinos de corpo inteiro de 45 a 60 minutos direcionados a todos os principais grupos musculares (musculação)
Eficiência aeróbica: quatro exercícios de 45 a 60 minutos na Zona 2 Cardio (exercícios aeróbicos de baixa a moderada intensidade, realizados em um ritmo estável, em que a frequência cardíaca é mantida em 60-70% do seu máximo).
Desempenho anaeróbico: um treino VO2 de máximo de 30 minutos (exercícios aeróbicos de alta intensidade intercalados com intervalos de recuperação; exemplo: alternar 30 segundos de sprint com 1 a 2 minutos de corrida leve ou caminhada).
Essa programação, segundo Attia, é um bom ponto de partida, mas que deve ser seguida e reajustada ao longo do tempo. “Este não é um programa de oito semanas – é uma busca para toda a vida”, diz. O médico também incentiva a adoção de padrões de movimentos seguros, que permitam que nossos corpos funcionem conforme planejado e reduzam o risco de lesões. “É melhor trabalhar de forma inteligente do que muito”, destaca.
