Saúde

Longevidade: atividade física é o melhor remédio

Quem garante é o Drº Peter Attia, autor de ‘Outlive: A arte e a ciência de viver mais e melhor’, que ainda dá dicas para você montar sua rotina de exercícios   
Os hábitos e segredos para uma vida mais longa e saudável são variados, mas entre eles há um obrigatório que todas as pessoas devem adotar: se exercitar! E quem afirma isso é um dos maiores especialistas em Medicina 3.0 e longevidade do mundo, o Drº Peter Attia. “O exercício é, de longe, o remédio mais potente para a longevidade”. 

E o autor de ‘Outlive: A arte e a ciência de viver mais e melhor’ baseia sua afirmação em pesquisas e estudos médicos. “Os dados são inequívocos: o exercício não só atrasa a morte real, mas também previne o declínio cognitivo e físico melhor do que qualquer outra intervenção. É a ferramenta mais potente que temos dentro do kit de ferramentas para melhorar a saúde – e isso inclui nutrição, sono e medicamentos”, comenta.
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Os benefícios do condicionamento físico vão além da melhora geral da sua saúde. Suas recompensas, segundo o médico, também são futuras, permitindo que cada pessoa continue capaz de fazer o que gosta daqui a 30, 40 ou 50 anos. E para ajudar quem quiser começar uma rotina de exercícios o quanto antes, Attia compartilha suas dicas de como montar a programação semanal. 

Os exercícios para longevidade, explica o especialista, devem ser divididos em quatro pilares centrais: estabilidade e equilíbrio; força, eficiência aeróbica e desempenho anaeróbico. “Você precisa ter resistência aeróbica para ir longe em velocidades lentas e estar anaerobicamente apto para percorrer distâncias curtas em velocidades rápidas; forte na medida para conseguir carregar mantimentos, crianças ou uma mala, por exemplo; e estável o suficiente para evitar cair (e se cair, estar forte para se levantar)”, explica. 

Para atingir esses quatro pilares do condicionamento físico, Attia recomenda a seguinte divisão a cada semana: 
Estabilidade e equilíbrio: uma hora, dividida em blocos de 5 a 10 minutos, antes dos outros treinos (prancha, yoga, pilates, tai chi, alongamento)

Força: três treinos de corpo inteiro de 45 a 60 minutos direcionados a todos os principais grupos musculares (musculação)

Eficiência aeróbica: quatro exercícios de 45 a 60 minutos na Zona 2 Cardio (exercícios aeróbicos de baixa a moderada intensidade, realizados em um ritmo estável, em que a frequência cardíaca é mantida em 60-70% do seu máximo). 

Desempenho anaeróbico: um treino VO2 de máximo de 30 minutos (exercícios aeróbicos de alta intensidade intercalados com intervalos de recuperação; exemplo: alternar 30 segundos de sprint com 1 a 2 minutos de corrida leve ou caminhada). 

Essa programação, segundo Attia, é um bom ponto de partida, mas que deve ser seguida e reajustada ao longo do tempo. “Este não é um programa de oito semanas – é uma busca para toda a vida”, diz. O médico também incentiva a adoção de padrões de movimentos seguros, que permitam que nossos corpos funcionem conforme planejado e reduzam o risco de lesões. “É melhor trabalhar de forma inteligente do que muito”, destaca.
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